Ataques cibernéticos têm aumento de 46% no Brasil
O Brasil segue na mira dos criminosos cibernéticos, com um aumento de 46% no índice semanal de ataques cibernéticos contra as corporações daqui. O total está acima da média global de crescimento, que foi de 32% no segundo trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os dados divulgados pela Check Point Research, divisão de inteligência em ameaças da empresa de segurança, indicam que, toda semana, são registrados 1.540 incidentes de cibersegurança no Brasil. Os números, também, são maiores que os vistos na média global, onde são 1.200 ataques semanais contra empresas e organizações.
A América Latina também foi a região que registrou maior aumento no número de ataques, com uma em cada 23 organizações daqui sendo atingidas por semana. O crescimento foi de 43%, à frente da Ásia, que viu volume 33% superior ao registrado no ano passado, e da África, com 21% — o território foi o mais atingido do período, com 1.760 golpes semanais. A Europa foi o único com queda, de apenas 1%, enquanto a América do Norte também apresentou aumento de 1%.
O levantamento também demonstra a continuidade nos ataques de ransomware, que na visão da Check Point, não mostram sinais de desaceleração. De acordo com o levantamento, houve crescimento de 59% no índice de ataques dessa categoria neste ano, na comparação com o segundo trimestre de 2021; hoje, uma em cada 40 organizações atuantes no globo é vítima de uma tentativa de golpe desse tipo toda semana.
Setores governamentais e militares, de educação e pesquisa ou saúde seguem na lista dos três mais atingidos globalmente. “O aumento da superfície de ataque a partir do trabalho remoto e do aprendizado online, a disposição das organizações em atender às demandas de resgate, bem como a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, [seguem] impulsionando a tendência de proliferação destes ataques”, afirma Omer Dembinsky, gerente do Grupo de Dados da Check Point Software.
Ainda que as figuras de sempre sigam na mira dos bandidos, a empresa de segurança ressalta um pico de ataques ao setor de atacado e varejo, com crescimento de 182% no segundo trimestre. Para os especialistas, esse número precisa acender um alerta para os organizações do setor e, também, para outras que viram os números mais do que dobrarem, como os integradores de sistemas, com 143% de crescimento.
Como evitar o próximo ataque cibernético
Enquanto o crescimento no volume de incidentes não parece ser uma tendência que mudará em breve, as medidas de proteção seguem parecidas. Atualizar sistemas, realizar backups e ter rotinas de monitoramento e proteção de acessos seguem como recomendações básicas dos especialistas para empresas que quiserem evitar serem atingidas.
Treinamentos com funcionários e a elaboração de uma estratégia de resposta, com direito a testes, também ajuda na identificação de eventuais vetores ou situações adversas na rotina de trabalho. Políticas robustas relacionadas a senhas, segmentação de redes e softwares de segurança também são bons caminhos para a defesa digital diante de ameaças cada vez maiores.
João Marcelo de Assis Peres
joao.marcelo@guiadocftv.com.br
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