Amazon revela chip quântico que pode revolucionar indústria

Ocelot: o chip quântico da Amazônia

O Ocelot representa um passo significativo da Amazônia na corrida pela computação quântica, setor em que outras gigantes da tecnologia já estão investindo.

Segundo Oskar Painter, diretor de hardware quântico da AWS, o chip foi construído utilizando técnicas padrão da indústria de semicondutores e um material chamado tântalo. No entanto, a empresa pretende personalizar ainda mais esses processos para melhorar o seu desempenho.

Painter acredita que o setor passará por uma “quantidade enorme de inovação”, o que pode acelerar ainda mais o desenvolvimento dessa tecnologia. A Amazon estima que seu chip reduza em cinco anos o tempo necessário para criar computadores quânticos funcionais, mas ainda não distribui uma previsão para suas negociações.

Funcionamento e eficiência do chip quântico

Os computadores quânticos operam por meio de qubits, elementos fundamentais para seu funcionamento. No entanto, esses qubits estão sujeitos a erros, exigindo a aplicação de qubits “lógicos” para correção.

Desde os anos 1990, pesquisadores estimam que, para um computador quântico atingir um número funcional de qubits lógicos, seria necessário cerca de um milhão de qubits físicos.

A inovação da Amazônia consiste em um avanço nessa relação. O Ocelot utiliza apenas nove qubits físicos para formar um qubit lógico funcional. Isso significa que a AWS pode, no futuro, construir computadores quânticos eficientes com 100 mil qubits, em vez do milhão esperado pela indústria – uma redução entre cinco e dez vezes no número de qubits físicos necessários, o que pode representar uma vantagem competitiva para a empresa.

Corrida quântica: outras empresas também investem em tecnologia

O anúncio da Amazon ocorre em um momento de intensa concorrência no setor da computação quântica.

Em dezembro do ano passado, o Google revelou o Willow, um chip quântico projetado para “ocorrer simultaneamente em múltiplas realidades”.

Neste, foi uma vez a Microsoft apresentar o Majorana 1, o primeiro processador quântico baseado em qubits topológicos, construído com um mês de material inovador chamado topocondutor.

Com essas inovações, a corrida pelo avanço da computação quântica se intensifica, como as principais empresas buscando soluções para tornar essa tecnologia viável o quanto antes.