Imagens de câmeras inocentam jovem preso por tráfico
SÃO PAULO – Após dois meses, a Justiça está revendo a prisão em
flagrante de um rapaz por tráfico de drogas. Imagens de câmeras de
segurança levantam dúvidas sobre a prisão em flagrante do acusado.
Petrônio da Silva, de 22 anos, foi preso no último dia 5 de
outubro. Uma denúncia anônima levou policiais militares até um grupo de
rapazes que tomava cerveja em uma padaria, no Jardim Peri, na zona
norte da capital. Durante a abordagem, os policiais prenderam Silva,
alegando que ele carregava maconha e cocaína.
A partir daí, o pai do rapaz, Pedro Florentino da Silva, passou a lutar para provar a inocência do filho.
– Ele não é culpado. Eu tenho certeza absoluta, por isso, eu
estou fazendo isso. Estou convicto de que ele foi preso injustamente –
afirmou Pedro.
Para provar a inocência do filho, ele apresenta imagens do
circuito interno de segurança de uma padaria, que mostram a abordagem
da polícia aos rapazes. Petrônio foi o primeiro a ser revistado. As
cenas deixam claro que o policial não apreende nada com ele neste
momento.
– Depois de revistar todo mundo, ele apareceu com uma bolsinha
de colocar moeda. Não me mostrou o que tinha dentro, simplesmente falou
que era minha – diz Petrônio.
Na delegacia, o policial declarou que, durante a revista,
encontrou com Petrônio uma bolsinha preta com dez trouxinhas de maconha
e 15 cápsulas de cocaína. Um dos rapazes que estavam na padaria defende
Petrônio.
– Revistaram geral. Ele não tinha nada – declarou a testemunha.
O inquérito com uma cópia das imagens da padaria foi levado para
o Fórum cinco dias depois da prisão. O promotor Edson Munhoz Junior,
que recebeu o caso, denunciou Petrônio por tráfico de drogas. Quase
dois meses e meio depois, o promotor admitiu que ainda não tinha visto
as imagens. Depois de assistir à gravação, ele decidiu pedir a
libertação do rapaz. Petrônio agora tem de esperar a decisão da
Justiça.
No início da noite desta quinta-feira, a juíza Maria Gabriela
Riscalli Tojeira decidiu que Petrônio ficará em liberdade provisória.
Em nota, a Polícia Militar disse que vai investigar a conduta dos
policiais envolvidos na revista.
Origem: SPTV
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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