Botão de pânico vai ser ligado a câmera
Dentro de 20 dias, porteiros de prédio, comerciantes e donos de quiosques poderão utilizar um botão de pânico para acionar a polícia ou a guarda de trânsito na orla de Vila Velha. Por meio dele, qualquer uma das 14 câmeras, previstas para funcionar na região, serão imediatamente acionadas na central de monitoramento 24 horas, e o equipamento fará uma varredura na região, onde o botão do pânico foi acionado.
Ele tem capacidade de ampliar o objeto em dez vezes, sem perder qualidade de imagem, e em outras dez vezes, de forma digital. Na prática, significa que é possível ver uma placa de carro a 200 metros de distância e um tumulto a um quilômetro.
O tenente Joaquim Pio, responsável pelo posto da Polícia Militar do Centro Integrado de Defesa Social, ressalta que a orla é tradicionalmente um alvo mais fácil para a criminalidade pelo grande fluxo de pessoas. As novas medidas de segurança tem como um dos objetivo inibir esse tipo de ação.
De acordo com o secretário de Defesa Social do município, Ledir Porto, uma das oito câmeras, instaladas no último dia 17, já conta com um botão do pânico em fase de testes. As outras seis serão instaladas no início da próxima semana. Todas deverão ser adaptadas para receber o sinal do botão na próxima quarta-feira.
Cada câmera pode receber o sinal de diversos botões de pânico. "A intenção é que, pelo menos, 40 botões sejam distribuídos", diz o secretário. O equipamento custa em média R$ 13 mil, mas pode ter o valor unitário barateado, dependendo do número de adesões.
A prefeitura pretende agendar, na próxima semana, uma reunião com os síndicos de condomínios das praias da Costa, Itapoã e Itaparica. A intenção é definir quais prédios terão acesso ao equipamento e se o custo com a implantação será da prefeitura ou dos moradores.
O botão do pânico será implantado em fase de testes durante dez dias. Quem tiver acesso a ele passará por um treinamento. A previsão é que o sistema seja usado por 3 meses, podendo ser ampliado. "A intenção é tornar permanente. Vamos buscar parcerias com o Ministério da Justiça e talvez o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania)."
O botão de pânico também será utilizado no projeto Rua Segura, do governo do Estado. Ele será uma ferramenta a mais para funcionários de escolas, condomínios e do comércio da Praia da Costa, que é o segundo bairro da Grande Vitória a participar do projeto. Praia do Canto é o primeiro.
Esse é o custo da segurança dos moradores e de banhistas de Vila Velha aos cofres públicos é de R$ 400 mil. O aluguel de equipamentos de segurança para o verão inclui sete câmeras tagarelas, jipes, jet sky, lancha, skate motorizado, entre outros recursos.
Equipamento já ajudou a prender 8
As primeiras câmeras de monitoramento de Vila Velha, implantadas no último dia 17, foram responsáveis pela detenção de oito pessoas até agora. Segundo o secretário de Defesa Social, Ledir Porto, as principais infrações foram uso de drogas e problemas de trânsito. "Não houve registro de assaltos ou arrastão na praia desde que as câmeras foram instaladas", garante.
Ele mesmo teria detido um usuário de drogas, chamado a polícia e contado com as imagens do monitoramento como prova. "Ele estava fumando maconha atrás da Tenda da Cultura. Como qualquer cidadão, exerci meu direito de deter o infrator e chamei polícia. As imagens ficaram registradas", diz.
Na madrugada da última quinta-feira, um grupo de crianças e adolescentes foi flagrado furtando o conteúdo do freezer de um quiosque. A polícia foi acionada e os jovens levados para prestar depoimento.
A central de monitoramento registra o dia e o horário em que cada imagens é coletada. O engenheiro Carlos Sarcinelli explica que à noite a imagem fica preto e branca para não perder qualidade. Cada gravação fica armazenada nos computadores da central de monitoramento por aproximadamente 45 dias.
As câmeras de monitoramento tiveram sucesso na redução da violência no município da Serra. Em alguns pontos os índices caíram mais da metade. Foi o caso de Jacaraípe, que teve uma redução de 68% nas ocorrências policiais, em 2007, primeiro ano de implantação.
Origem: http://gazetaonline.globo.com
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV
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