Avanço tecnológico foi essencial para criação de vacinas
Avanço tecnológico foi essencial para criação de vacinas
Faz quase 225 anos que a primeira vacina foi criada. Foi no século XVIII, em 1796, que o médico inglês Edward Jenner desenvolveu um método para combater a então temida varíola.
Na época, a doença matava muito. E a batalha contra ela já era travada há séculos. A varíola foi a doença viral que mais matou na história da humanidade. O principal motivo para ela não estar presente entre nós hoje é o uso da vacina.
De lá para cá, a tecnologia de criação e produção de vacinas evoluiu muito. Foi isso que possibilitou o desenvolvimento de um imunizante contra a covid-19 em tempo recorde no tão desafiador ano de 2020. Atualmente, a vacinação em massa evita pelo menos 4 mortes por minuto no mundo. Isso significa uma economia equivalente a R$ 250 milhões diariamente.
A opção de vírus inativado foi a escolhida pela farmacêutica chinesa Sinovac para a criação da CoronaVac. Esse método é usado em vacinas já conhecidas e sabidamente eficazes, como a da pólio, a da gripe e a do sarampo. O ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, explica como a tecnologia funciona.
Essa técnica faz o sistema imune acreditar que um agente infeccioso já morto representa um perigo real para o organismo. Com isso, o processo natural de proteção é desencadeado, mas não há risco de que a substância cause doença, mesmo em imunodeprimidos ou em gestantes.
Mesmo assim, o organismo humano desenvolve anticorpos e outras estratégias de defesa para combater aquele corpo estranho. Então, quando e se encontrar com o novo coronavírus depois disso, o corpo já saberá a melhor forma de lidar com ele para evitar a progressão da doença.
Entre os processos escolhidos para a criação das vacinas contra a covid-19, esse é o mais antigo. Ele foi desenvolvido pelo virologista americano Jonas Salk nos anos 1940. Em uso há tantas décadas, é uma tecnologia já consolidada e comprovadamente segura.
A CoronaVac será produzida e distribuída no Brasil se for liberada para uso pela Anvisa. Nos próximos dias, devem ser divulgados os resultados da fase 3 de testes clínicos em humanos com a substância. Por enquanto, a Sinovac já recebeu o certificado de boas práticas de fabricação emitido pela agência.
Como a tecnologia requer o cultivo do vírus, o laboratório em que a vacina será fabricada precisa ser bastante seguro. Aqui no Brasil, o imunizante será produzido no Instituto Butantan, em São Paulo, que tem bastante experiência na produção de vacinas com essa tecnologia para o Sistema Único de Saúde.
origem: https://olhardigital.com.br/2021/01/04/videos/avanco-tecnologico-foi-essencial-para-criacao-de-vacinas/
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
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