Em debate, segurança eletrônica
Para comentar e debater o mercado de sistemas eletrônicos, aconteceu na quinta – feira (4) o Simpósio regional da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE).
Fundada em 1995 por um grupo de empresários brasileiros, a entidade surgiu da necessidade cada vez maior das empresas de se organizarem dentro do segmento e hoje reúne cerca de 400 empresas de todas as regiões do país. A capacitação profissional, a valorização da qualidade e a regulamentação oficial do segmento são os principais focos da associação.
O mercado de segurança eletrônica do Distrito Federal vem crescendo em uma média acima da nacional. O setor regional conta com mais de 400 empresas especializadas atuantes no segmento, gerando cerca de cinco mil empregos diretos, atualmente existem cerca de 14 mil imóveis monitorados por sistemas eletrônicos de alarmes.
Existem, de acordo com levantamento do Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese – DF), uma media de dez câmeras por habitantes na região. No Brasil, aproximadamente 88% do consumo de equipamentos de segurança eletrônica são feitos pelos setores de comércios em geral.
Augustus Von Sperling, presidente do Siese – DF, analisa: “Nos últimos quatros anos o mercado de segurança eletrônica cresceu consideravelmente. É importante discutir diretrizes para crescer de forma adequada”, explica o presidente.
Foram abordados diversos temas no simpósio, como as particularidades dos sistemas de segurança eletrônica, os avanços, benefícios, desafios, oportunidades no setor e até questões jurídicas. Um dos temas abordados foi a modernização da segurança do cidadão. O coronel Leonardo Sant’ Anna, da Polícia Militar, especialista em segurança pública e comandante de segurança da Asa Norte, fez uma palestra sobre assunto.
Segurança pública
O coronel anuncia seu lema Monitorar para proteger e explica o novo sistema de segurança integrada da polícia. “Alguns anos atrás seria muito ruim falar sobre uma possível união entre segurança pública e privada” articula o militar. Hoje essa fusão já se tornou uma realidade. Diante da crescente desigualdade social, a violência surge como um meio atraente de ganhar dinheiro para várias pessoas. Ciente disso, responsáveis pela segurança de Brasília começam a inovar em sua área.
Através de levantamentos dos boletins de ocorrências, a polícia observou que assaltos em postos de gasolina e casas lotéricas acontecem com uma freqüência cada vez maior. Isso porque as lotéricas, hoje, funcionam como minibancos, mas a devida segurança. E quando a vítima ligava para a polícia não conseguia relatar com precisão o acontecido, algo absolutamente normal, de acordo com o coronel Sant’ Anna.
“A principal causa da demora da polícia é a imprecisão das informações das vítimas quando ligam para a polícia. Normalmente a vítima se encontra nervosa e acaba esquecendo detalhes do ocorrido”, relata o coronel.
O projeto – piloto acontece na Asa Norte há 40 dias. O programa consiste em um botão de pânico instalado sem custos nas casas lotéricas e postos de gasolina que já possuem sistemas de segurança privado.
Caso o estabelecimento esteja sendo roubado, a vítima tem a oportunidade de apertar o botão, que envia o sinal de alerta para o posto de policiamento mais próximo, com todos os dados da empresa. “Isso agiliza o atendimento da polícia de tal forma que podemos enviar uma equipe especializada em um tempo muito curto”, afirma o policial.
O coronel acha que a modernização das ações policias deve ser feita logo. “O trabalho policial, junto com a tecnologia, significa uma maior efetividade em um menor tempo”, esclarece Sant’ Anna. A junção do sistema de segurança privada ao público é o ideal. A reação da PM deve ser integrada rápida e com qualidade.