SP tem oito roubos a residências por dia
A capital paulista registrou no primeiro semestre deste ano uma média superior a oito roubos a residência por dia.
Entre janeiro e junho, 1.520 casas foram atacadas por ladrões que fizeram famílias inteiras reféns. Só neste mês, até o dia 10, foram 93 crimes dessa modalidade, contra 73 no mesmo período de 2010. A parte nobre da zona sul é a mais atingida. Juntos, os bairros de Vila Sônia, Morumbi, Jabaquara, Campo Belo e Vila Clementino acumulam 16%, ou 240 do total das ocorrências.
Na sexta-feira, um engenheiro de 70 anos foi atingido por um tiro de fuzil em um assalto a sua casa, no Jardim Morumbi. Policiais do 16.º Batalhão da Polícia Militar, que atende a área, afirmam que são constantes os chamados de ataques contra residências no bairro. Eles estão sendo orientados a andar com uma relação de placas dos veículos que foram roubados ou furtados nas últimas 72 horas e que possivelmente são usados na prática de crimes.
No próximo domingo, moradores do Morumbi farão um protesto contra a onda de violência, dando um abraço simbólico na Praça Vinicius de Morais.
Vigilância. Moradores da capital têm reforçado a segurança. Alguns relatam que estão saindo menos de casa. "A gente fica trancada e os ladrões estão pelas ruas. É assim que está a cidade", conta uma engenheira de 31 anos. A casa dela, no Bosque da Saúde, na zona sul, foi invadida por quatro criminosos no dia 10.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), nos últimos dez anos, o mercado de segurança vem crescendo com taxas médias anuais de 13%.
A entidade diz que as principais tecnologias procuradas são câmeras, com 40% das vendas, seguidas de alarmes contra intrusos, com 26%, sistema de controle de acesso, com 24%, e produtos de combate a incêndios, com 10% das vendas. As informações são do Jornal da Tarde.
(Jornal O Estado de S. Paulo/SP / Diário do Grande ABC/SP / Portal UOL/SP – 22/08/2011)