O efeito da intervenção na rotina das empresas de segurança no Estado do Rio de Janeiro
Em uma primeira análise, não há de ter mudanças diretas nas empresas de segurança do Estado do Rio de Janeiro, pois o efeito prático da intervenção federal se dará no âmbito administrativo da segurança pública estadual.
O Governador deixa de ter sob sua responsabilidade a pasta da segurança pública e perde esta responsabilidade por incompetência administrativa para um interventor nomeado pelo Governo Federal. O Estado passa a ter divisão de atribuições entre o governador e o interventor, no mesmo patamar de autoridade.
O interventor ficará destinado exclusivamente para a responsabilidade com a segurança pública. As outras pastas como saúde e educação e as demais que compõe o governo continuarão sob a responsabilidade do governador do Estado.
Sob o comando do interventor, estará a Segurança Pública, ou seja: a Secretaria, a Polícia Militar, a Polícia Civil, os bombeiros e o sistema prisional do Estado.
O Decreto não muda, em nada, os direitos fundamentais e os deveres dos cidadãos. Seja qual for a força de segurança que estiver nas ruas, vai ter de cumprir e fazer cumprir as leis que já existem. A diferença é que, ao invés de a pessoa ser abordada apenas por um agente policial, ela pode ser abordada por um membro das forças armadas, que tem que cumprir a lei.
Pode pedir a identificação, pode fazer pesquisa sobre antecedentes criminais, atos deste tipo. Prender, apenas se a pessoa estiver em flagrante delito. Nesse caso a pessoa será levada à delegacia de polícia pra que o delegado de polícia interprete a situação.
Entendo que as forças estaduais e federais sob um mesmo comando possam interagir e se organizar melhor através de um trabalho de inteligência realizado entre elas, desmantelando as organizações criminosas, e, por conseguinte, reduzindo esses índices alarmantes da violência no Estado do Rio de Janeiro.
A intervenção tem um prazo, esta tarefa terminará em 10 meses.
O legado deixado por esta ação após o seu término é que poderá influenciar nas operações das empresas de segurança, pois caso a violência retorne a patamares aceitáveis e haja uma grande sensação de segurança no Estado, o investimento de proteção e inteligência para determinadas ações contratuais das empresas poderá não ser de alto custo para o contratante fomentando ainda mais o mercado.
Precisamos responder ao seguinte questionamento: Após a saída dos militares, ficará um vácuo para ser preenchido pela milícia e grupos rivais do tráfico, ou nesta operação estão pensando a longo prazo?
Origem: http://www.portaldaseguranca.com.br/Noticia/Visualizar/5269
Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
GuiadoCFTV
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