24h na Campus Party: como é participar do maior evento de tecnologia do mundo
Com programação diversificada, karaokê e balada na madrugada, feira não é só casa dos nerds
Quem lê ou ouve falar que a Campus Party é o maior evento de tecnologia e inovação do mundo mas nunca participou dela pode imaginar que se trata de um encontro de nerds. Nada disso. Pulsante, a feira vai além disso, com público diversificado, programação extensa para todos os tipos de visitantes e diversão até de madrugada.
Pensando em pautas para a cobertura da edição 2017 – a décima da história, encerrada neste domingo (5) -, decidimos que, pela primeira vez, dormiríamos lá, para sentirmos na pele o que sentem os 8 mil campuseiros, como são chamados os participantes da Campus.
Chegamos ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, por volta das 10h30 da quinta-feira (2) e, como imprensa, tivemos o privilégio de entrar sem pagar os R$ 240,00 que os campuseiros desembolsam para participar dos seis dias de evento. São R$ 360,00 no caso de acampar por lá.
Com a assessoria de imprensa, conseguimos duas das 6.500 barracas montadas no camping nos “fundos” da Campus Party. Foi para lá que fomos depois de nos credenciarmos. Todo campuseiro, patrocinador ou staff – e não apenas imprensa – precisa andar com uma credencial pendurada no pescoço, com suas informações e o código de barras que deve ser escaneado toda vez que você entra e sai do evento. É necessário ainda fazer o reconhecimento biométrico da digital para comprovar que você é o dono daquela credencial.
Segurança falha
Apesar do zelo pelos notebooks – é preciso cadastrá-lo na hora da entrada e você só sai se comprovar que é proprietário do equipamento que está portando -, a segurança na Campus Party é falha. Nossas mochilas cheias de equipamentos e objetos pessoais não foram devidamente vistoriadas.
Quando fizemos menção de abrir os compartimentos da mochila e tirar alguns dos objetos para melhor visualização interna, uma segurança logo interrompeu. “Não precisa tirar”, disse, entre risos, como se pensasse: “Isso é um exagero”. Não há scanner para identificar itens perigosos.
No camping, a área é dividida em corredores, identificados por letras. Pegamos as barracas 16 e 76 da fileira “V”. Depois de passarmos as credenciais pela segurança, comprovando que tínhamos direito de acesso ao local, percebemos o drama que enfrentaríamos durante a noite: dormiríamos no concreto, apenas sobre o fino material da barraca. Mas isso é assunto para depois.
Deixamos roupas e objetos pessoais lá e voltamos para o evento só com os equipamentos que precisaríamos para a cobertura. Encontramos com o nosso repórter-fotográfico Alexsander Ferraz e começamos a tocar as matérias planejadas – e outras pensadas na hora.
Programação
A Campus Party oferece uma infinidade de assuntos, projetos, inovações, palestras, workshops e situações que podem virar matérias. Só a programação oficial tinha 750 horas de atividades, em dez palcos (principal, empreendedorismo, entretenimento, design, mídias sociais, entre outros). É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que é preciso uma boa dose de organização para não se perder em meio às tarefas.
Uma ajuda preciosa é o aplicativo da Campus Party, com a programação, no qual você podia marcar as atividades que participar e era alertado próximo do horário daquele compromisso.
Durante a manhã, fizemos matérias para o site e, à tarde, nos dedicamos ao material sobre youtubers que havíamos planejado. Logo percebemos, andando por entre as bancadas da área de 77.700m² da Campus que o evento não é de nicho só para os viciados em tecnologia. Tem espaço para tudo, de empreendedorismo a ciência. Os participantes conversam, mostram projetos, trocam experiências e, acima de tudo, se divertem.
origem: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/atualidades/24-horas-na-campus-party-como-e-participar-do-maior-ev
Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
sirlei@guiadocftv.com.br
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